quinta-feira, 28 de julho de 2011

Leishmaniose deixa Goiânia em alerta


Em menos de um mês 13 cães foram contaminados na capital.

Secretaria Municipal de Saúde investiga o avanço da doença.


Os moradores de Goiânia, principalmente da região leste, estão preocupados quanto ao perigo de contaminação da leishmaniose. Somente durante o mês de julho foram detectados 13 cães contaminados com a doença.
Os casos foram registrados no Condomínio Aldeia do Vale, Setor Monte Verde e Chácara dos Ipês. A Secretaria Municipal de Saúde está investigando o avanço da doença e quase 700 cães serão examinados.
Na cidade de Rio Verde, no Sudoeste Goiano, em três anos 38 pessoas tiveram o tipo mais comum da doença, conhecida como leishmaniose tegumentar ou cutânea. O município registrou o maior número de casos em Goiás entre 2007 e 2009.
O que é?
A leishmaniose é transmitida, principalmente, através da picada de um mosquito conhecido popularmente como “mosquito palha”. Depois de infectado o animal passa a ser o hospedeiro da doença e quando em contato com humanos pode transmiti-la.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, 3.500 pessoas, em média, são infectadas e o número de óbitos é de aproximadamente 200, anualmente. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências.
Prevenção
O médico veterinário, Carlos Zaratin, explica como prevenir a doença: ”A medida mais eficiente é o uso da coleira à base de deltametrina, uma substância que age como repelente. Não faz mal ao animal, não tem cheiro e deve ser usada por seis meses. Assim, o cão estará protegido contra as picadas do mosquito”.
Segundo Zaratin, é importante também a manutenção da higiene e limpeza nos ambientes. Quanto aos sintomas nos animais, o médico alerta para que a atenção seja permanente, uma vez que, mesmo depois de contaminado, a doença pode permanecer inativa e o cão, sem sintomas por muito tempo. ”Depois de infectado, o animal começa a emagrecer, fica apático, perde pelos e as unhas crescem bastante. Em qualquer um destes sintomas, um médico veterinário de confiança deve ser consultado”, aconselha.


Fonte: G1 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

ONG da Argentina, faz campanha para uso de coleira com produto manipulado contra leishmaniose




A Argentina deu mais um passo à frente na questão da LVC, e nós aqui insistindo em eutanásias indiscriminadas.
Eutanásias deveriam ser para determinados casos, como a OMS diz em seu informe técnico de 2005.
Um ótimo domingo!
abs
Vivi


Por Danielle Bohnen (da Redação – Argentina)
A decisão do Movimento Argentino de Proteção Animal de Corrientes, MAPAC, de impregnar gratuitamente com um produto especial as coleiras dos animais e a acusação feita contra os veterinários de visarem lucrar com o problema, levantou uma polêmica em torno da questão da prevenção da leishmaniose.
Foto: Diário Época
De acordo com o Diário Época, a professora da Universidade Nacional de Misiones (UNAM), doutora em genética clínica do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (CONICET), Carola Cheroki, realizou uma pesquisa sobre a prevenção da leishmaniose na província de Misones. O trabalho realizado pela MAPAC está aprovado, de acordo com as conclusões de seu estudo.
“O que fez a MAPAC está correto e não é ruim. Assim, uma pessoa que não tem condições de comprar a coleira especial que custa em torno de 95 pesos, também pode proteger seu animal”.
Cheroki agrega ainda que “as pessoas que tem poder aquisitivo maior, devem comprar a coleira scalibur”. Mas previne que apenas a coleira não assegura prevenção total, portanto devem-se tomar outras medidas ambientais. Tais informações devem ser passadas para a sociedade a fim de conscientizar as pessoas dos métodos de prevenção, tais como, a limpeza adequada das casas com kaotrina, higiene nas ruas e dedetização em escala pequena ao redor das casas.
O custo para impregnar uma coleira com o produto é de 16 centavos e o período de duração vai de 21 a 30 dias, sendo necessária a reaplicação após esse período. Cheroki explica que deve-se banhar a coleira com o produto e só depois de totalmente seca na horizontal, pode colocar no animal. A coleira não pode entrar em contato com água, pois, dessa maneira, o produto sai e o animal fica à mercê da doença. Cheroki aclara ainda que as coleiras de nylon têm melhor absorção do produto e realizando bem o procedimento, colocando a quantidade de produto em doses corretas “não representa risco nem para o cão, nem para as pessoas”.
O nome do produto não foi divulgado, pois trata-se de uma droga feita por médicos veterinários nos consultórios, misturando alguns produtos em doses certas. Os especialistas preferem manter em segredo o nome dos produtos utilizados a fim de evitar que a comunidade realize manipulação, afetando, assim, a saúde do animal e humana.
De acordo com Cheroki, “o produto utilizado para impregnar as coleiras, trata-se de um veneno extremamente tóxico para insetos, mas pouco prejudicial à saúde canina e humana, por isso é de acesso livre. Pode-se comprar em qualquer supermercado”.
Carola Cheroki cita o Brasil como um exemplo de prevenção da leishmaniose. “No Brasil, há casos humanos há 40 anos, A primeira metodologia aplicada foi a eutanásia canina. Entretanto, foi comprovado que eliminando os animais não se reduz a quantidade de picadas de mosquitos e continua havendo pessoas infectadas e mortas”.
Ela explica ainda que “a nova campanha do Brasil é de coleiras com a droga retirada da flor de crisântemo ou é produzida de forma sintética em laboratório. O inovador da coleira, é que a droga é seca. Um pó se desprende da coleira e gruda na pele do cão. Assim, quando o cão está com a coleira, reparte o repelente pela casa e gera uma camada protetora no ambiente”.
Com base nessas informações a MAPAC realiza campanha de impregnacão de coleiras de forma gratuita todos os domingos no parque Cambá Cuá, em Misiones.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Justiça determina indenização para donos de cão morto após exame de leishmaniose




Prefeitura de Belo Horizonte deve pagar R$ 1.635 mais R$ 150 pelos danos.

Segundo o fórum, cabe recurso da decisão, que é de primeira instância.



O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou nesta terça-feira (12) que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) tem que pagar indenização a uma família dona de um cachorro que morreu após passar por um exame para controle de leishmaniose. De acordo com a assessoria do Fórum Lafayette, a determinação é do juiz da 4ª Vara de Feitos da Fazenda, Renato Luís Dresch, que considerou que “a equipe de controle de zoonoses mostrou pouca habilidade e preparo técnico para lidar com o animal”. Cabe recurso da decisão, que é de primeira instância.
De acordo com a assessoria do fórum, o município deve pagar R$ 1.635 por danos morais e R$ 150 por danos materiais. Segundo a denúncia da família, funcionários da PBH tentaram submeter o cão Brutus, mestiço das raças rottweiler e pastor alemão, ao teste de sangue, mas não conseguiram. A visita ocorreu no dia 1º de dezembro de 2008.
Ainda segundo o fórum, os autores teriam relatado na ação que quatro agentes tentaram imobilizar o cão e sufocaram o animal durante o procedimento, após empurrá-lo contra a parede. Ele teria ficado inconsciente e foi deixado no local. Brutus teria apresentado fraqueza e morreu, de acordo com a assessoria do fórum. Um exame de necropsia teria apontado que o cachorro sofreu múltiplas hemorragias.
A prefeitura teria alegado na defesa que “os procedimentos adotados são usuais em situações do gênero” e que “o animal se debateu ferozmente, chocando-se contra a parede do canil e tensionando a corda”. A PBH teria dito, ainda, que Brutus não perdeu a consciência, nem sofreu enforcamento.
Procurada pelo G1, a assessoria da prefeitura informou que vai se pronunciar por meio de nota.
 
Fonte: G1

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Nasce BRASILEISH – Grupo de Estudos sobre Leishmaniose Animal.


Criada para o estudo e troca de informações técnicas sobre a leishmaniose

Comunicado oficial da entidade: No dia 17 de junho de 2011, na sede do Conselho Regional de Medicina Veterinária Regional Minas Gerais (CRMV MG), foi criada uma associação científica, que pretende reunir médicos veterinários clínicos de pequenos animais, para o estudo da Leishmaniose em animais. Essa associação adotou o nome de BRASILEISH – Grupo de Estudos sobre Leishmaniose Animal. Os membros fundadores do BRASILEISH são os médicos veterinários André Luis Soares da Fonseca, Fábio dos Santos Nogueira, Ingrid Menz, Manfredo Werkhauser, Paulo Tabanez e Vitor Márcio Ribeiro, que se inspiraram nos colegas europeus quando criaram o LEISHVET. O QUE SERÁ O BRASILEISH:
  • Identidade: 
Associação de caráter científico formada por veterinários, sem fins lucrativos, dedicada à pesquisa e orientação ao manejo clínico de Leishmaniose em animais na Medicina Veterinária do Brasil.
  • Princípio: 
Defesa e respeito à vida humana e animal, pautados em valores éticos e científicos.

  • Objetivos: 

  1. Orientar os clínicos veterinários e discutir junto as autoridades sanitárias sobre os melhores métodos diagnósticos, tratamentos e medidas de prevenção da Leishmaniose nos animais.
  2. Orientar os órgãos de classe, entre eles o CFMV e CRMVs, sobre as evidencias cientificas da doença nos animais. 
  3. Estabelecer recomendações que sejam reconhecidas a nível nacional e internacional.
  4. Orientar a população, através da mídia e eventos populares, sobre a prevenção, tratamento e realidade da doença no país.
  5. Estudar, elaborar e executar trabalhos de pesquisa destinados ao manejo da doença nos animais.
  6. Disponibilizar diálogo com todas as instituições de outras profissões e organizações não
  7. governamentais sobre os aspectos da Leishmaniose nos animais.
  8. Médicos veterinários de todo o país comprometidos com a defesa e respeito à vida humana e animal serão convidados a compor o quadro social do BRASILEISH. 
  9. A próxima reunião do BRASILEISH ocorrerá no dia 28 de outubro de 2011, em Belo Horizonte, véspera do VII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina. Haverá durante o Simpósio, a apresentação do BRASILEISH aos médicos veterinários. 
Da esquerda para a direita: Dr Manfredo Werhauser, Dra Ingrid Menz, Dr Vitor Marcio Ribeiro, Dr Paulo Tabanez, Dr. Fábio Nogueira e Dr. André Luiz Soares da Fonseca


O BRASILEISH está ligado à ANCLIVEPA MG na organização do VIII Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina, que será realizado nos dias 29 e 30 de outubro de 2011 e terá o tema : “Leishmaniose Visceral Canina x Centro de Controle de Zoonoses – Realidade na Europa e no Brasil. ” 


Nosso convidado especial será o Dr. Javier Lucientes, chefe do Centro de Controle de Zoonoses da cidade de Madri – Espanha e que foi o consultor europeu da Organização Mundial de Saúde durante o Encontro de Expertos em Leishmaniose Visceral nas Américas promovido pela Organização Panamericana de Saúde e Ministério da Saúde do Brasil, ocorrido em Brasília, Brasil, em 2005. 



VENHA PARTICIPAR DO MAIOR CONGRESSO DA ANCLIVEPA NA CAPITAL MAIS ACONCHEGANTE DO PAÍS!

Faça sua inscrição individual ou dupla inscrição. Na dupla inscrição você ganha desconto especial.


Fonte: Anclivepa

Nota: 
A Leishmaniose é uma antropozoonose (doença que se transmite dos animais aos homens e vice-versa).

O cão é o portador mais bem estudado e por isso é considerado o principal reservatório doméstico, porém outros animais como gatos, raposas, gambás, roedores, também são reservatórios da doença.

O transmissor da doença é o mosquito palha, mas o combate ao mosquito praticamente não existe no Brasil.

Hoje no Brasil todos os animais com "suspeita" de Leishmaniose devem ser mortos, e o tratamento com medicamento de uso humano é proibido. Não existem medicamentos de uso veterinário.

Não há estudos que comprovem que matar animais resolva o problema, uma vez que a prática da matança acontece há décadas e o índice de casos humanos só tem aumentado.

Cerca de 48%, dos resultados dos exames atualmente realizados nos cães, tem resultado falso positivo.

O BRASIL É O ÚNICO PAÍS NO MUNDO QUE MATA CÃES COM LEISHMANIOSE... TODOS OS OUTROS TRATAM A DOENÇA.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Leishmaniose: Projeto de Lei prevê fim do sacrifício de animais

Se projeto for aprovado pela Câmara Federal, eutanásia canina
não deverá mais ser ministrada
O deputado federal Geraldo Resende (PMDB-MS) apresentou na Câmara projeto que prevê o fim da obrigatoriedade de sacrifício de animais infectados pela leishmaniose. De acordo com a proposta do deputado, o sistema de saúde pública deve implantar uma política nacional de vacinação e tratamento de animais.

“O debate sobre o tema é fundamental. Esta doença está em 12 países da América Latina, mas 90% dos casos são registrados no Brasil”, nota o deputado, para quem é possível estabelecer um programa de tratamento em à eutanásia canina. “A prática do sacrifício indiscriminado é inaceitável na Europa. Em diversos países existem estudos científicos e mobilização de médicos veterinários e criadores de cães contra esta ação”.
Segundo Geraldo Resende, o combate ao vetor praticado em nível doméstico tem eficácia temporária, pois utilização de inseticidas nas casas perde o efeito depois de algum tempo. “É importante a decisão política de disponibilizar orçamento para o combate ao mosquito transmissor. É um caso de saúde pública como a dengue”, diz.
“O sacrifício de cães é mais maléfico que benéfico, já que por motivações afetivas ou econômicas, muitos proprietários se recusam a entregar seus animais e os escondem, colocando a população em risco”, diz o deputado, lembrando que existe tratamento. “Há diversos protocolos de trabalhos científicos exitosos nesta área, além disso, me parece mais racional tratar a exterminar cachorros e gatos. Proponho a vacinação dos animais, bem como a possibilidade de curar os animais infectados”.
Doença - Leishmaniose é uma doença parasitária transmitida pela picada do mosquito infectado. A doença afeta animais domésticos, urbanos e silvestres. Para cada ser humano contaminado estima-se que há uma média de 200 cães infectados. Existem dois tipos de leishmaniose: a tegumentar, que se caracteriza por feridas na pele, e a visceral, que ataca vários órgãos internos.
Os sintomas variam de acordo com o tipo da leishmaniose. No caso da tegumentar, surge uma pequena elevação avermelhada na pele que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode estar recoberta por crosta ou secreção purulenta. Há também a possibilidade de sua manifestação se dar através de lesões inflamatórias no nariz ou na boca. Na visceral, ocorre febre irregular, anemia, indisposição, palidez da pele e mucosas, perda de peso, inchaço abdominal devido ao aumento do fígado e do baço.

http://www.acritica.net/index.php?conteudo=Noticias&id=44006