domingo, 4 de julho de 2010

ABAIXO ASSINADO PELA APROVAÇÃO DO PL 510

Ao Governador do Estado de São Paulo




Foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na última quarta-feira, 23/06/10, o Projeto de Lei número 510/10, de autoria do deputado estadual Feliciano Filho, que normatiza o controle da eutanásia de cães portadores de Leishmaniose Visceral Canina.

O Projeto de Lei aprovado determina que para a realização da eutanásia em cães portadores de Leishmaniose no Estado de São Paulo será obrigatória a realização de, pelo menos, dois exames para confirmar a presença do parasito que transmite a doença no animal: um sorológico e outro parasitológico ou sorológico com antígeno recombinante.

Os exames realizados hoje no Brasil chegam a um percentual de “falso positivo” de 48\%, portanto o número de animais mortos indevidamente pode chegar a números assustadores.

Segundo a norma aprovada, fica o Poder Público obrigado a realizar os exames comprobatórios de Leishmaniose Visceral Canina de forma gratuita, pelos órgãos competentes, ou mesmo em laboratórios particulares, devidamente credenciados na Rede Oficial do Ministério da Saúde, desde que o proprietário do animal pague os custos.

No Estado de São Paulo, a realização do primeiro exame comprobatório para a doença já é obrigatório, de acordo com a Lei Estadual 12916 de 17 de Abril de 2008, também de autoria do deputado estadual Feliciano Filho.

Hoje, o Manual da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo não autoriza a realização de exame de contra prova em animais cujo primeiro exame acusou resultado positivo, a não ser por "pedido judicial".

No Brasil, uma Portaria Interministerial proíbe o tratamento de cães com medicamentos de uso humano.

Não há medicamentos de uso veterinário.

Um Decreto Federal determina que todo animal "com suspeita" da doença deve ser sacrificado.

A venda da vacina contra Leishmaniose é proibida em cidades não endêmicas (cidades que não tenham casos comprovados da doença), portanto não há como nos prevenir, nem proteger nossos animais.

Não há estudos que comprovem que matar animais resolva o problema, uma vez que a prática da matança acontece há décadas e o índice de casos humanos só tem aumentado.

Sendo assim, para evitar que animais sejam mortos indevidamente, para um diagnóstico de certeza para a LVC, para termos o conhecimento real e preciso da quantidade de animais infectados com essa importante zoonose, a fim de proteger os humanos, nós abaixo assinados, apoiamos e solicitamos ao Governador do Estado de São Paulo que sancione o PL 510/10.

Somente embasados em dados técnicos confiáveis sobre o número real de animais infectados pela Leishmaniose Visceral Canina, técnicas mais eficazes poderão ser desenvolvidas para diminuir sua disseminação, possibilitando o controle ético e humanitário da doença e o correto tratamento em seres humanos.

Sinceramente

Nós abaixo assinados

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4 comentários:

  1. O que posso dizer sobre um blog que nos mostrou de forma realista e incontestável sobre a leishmaniose e a matança indiscriminada de cães? Alguém que viu cães saírem para passear e voltarem mortos dentro de uma carriola como se fosse um objeto? Serem sacrificados como se fossem responsáveis pela disseminação da Leishmaniose sendo que é tão vítima quanto o ser humano.
    Só posso dar parabéns!!!
    Pela coragem de expor esta realidade tão dura e triste que vivem nossos animais.
    bjs
    Vivi Vieri

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  2. Esse texto sobre a Leishmaniose foi postado em nosso blog, com os devidos créditos. =]

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  3. Olá Lilian,
    Existe, sim, uma forma de prevenção à leishmaniose, inclusive recomendada pela Organização Mundial da Saúde: o uso de coleira impregnada com deltametrina a 4%, principio-ativo repelente e inseticida. Hoje temos disponivel no mercado brasileiro a coleira Scalibor, da Intervet/Schering-Plough.
    Estou à disposição,
    Julia

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  4. Olá...

    Parece que o abaixo-assinado não está funcionando. Ao consultar as assinaturas, ou aparece "aguardado confirmação" ou "cancelado".

    Veja...

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