A medida é do Ministério da Saúde e será adotada em 12 cidades de sete estados brasileiros. Em Teresina, a primeira cidade a ser beneficiada, nove mil cães passarão a usar o acessório, que é uma coleira com substância que repele o mosquito transmissor.
A medida inovadora é um teste do Ministério da Saúde contra o grande número de casos de calazar em cães e humanos no país. Em Teresina, 40% dos cães examinados estão com a doença. Em 2012, já foram registrados nove casos de calazar em humano e uma pessoa morreu na capital. Os bairros com maior incidência de animais doentes, naquela cidade, são: Santa Maria da Codipi, na zona norte, Bela Vista e Angelim, na zona sul.
Elcio Leite, diretor do Centro de Zoonozes, lembra que os agentes de endemia visitarão as casas para instalaem as coleiras nos animais e aplicar questionário com os moradores.
Calazar (cientificamente, Leishmaniose visceral) é uma doença comum ao cão e ao homem, que é transmitida pelo mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi.
No Brasil, existem atualmente seis espécies de Leishmania responsáveis pela doença humana. Esta é uma doença que acompanha o homem há muito tempo e que tem apresentado, nos últimos 20 anos, um aumento do número de casos e ampliação de sua ocorrência geográfica. Entre 1985 e 2003, ocorreram 523.975 casos autóctones, a sua maior parte nas regiões Nordeste e Norte do Brasil.
O Calazar não é uma doença contagiosa, nem transmitida diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.
A maioria dos casos dessa zoonose tem um período de incubação de dois a quatro meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses. Seus principais sintomas são: febre com interrupções com semanas de duração, fraqueza, perda de apetite, emagrecimento, anemia, palidez, aumento do baço e do fígado, comprometimento da medula óssea, problemas respiratórios, diarreia, sangramentos orais e intestinais.
Fonte: Cida de Verde
Dráuzio Varella
Adaptação: Revista Veterinária
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