sexta-feira, 27 de julho de 2012

ESPECIALISTA ALERTA SOBRE A LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA E APRESENTA DICAS QUE AUXILIAM NA PREVENÇÃO

A disseminação da leishmaniose visceral canina (LVC) é uma realidade em várias regiões brasileiras. Considerada uma doença infecciosa de caráter crônico, a leishmaniose visceral (LV) pode afetar animais e humanos, o que a torna uma das principais zoonoses mundiais, com casos notificados em 88 países, distribuídos em quatro continentes. No Brasil, a LV apresenta uma ampla distribuição geográfica, além de ser uma ameaça presente durante todo o ano, em todas as regiões do País.

Confira abaixo as cinco principais dúvidas que envolvem a LVC e alguns métodos que auxiliam na prevenção da doença, comentados pelo Dr. Vitor Márcio Ribeiro, PHD em Parasitologia e Professor de doenças infectocontagiosas na Escola de Veterinária da PUC Minas.




1. O que é leishmaniose visceral canina (LVC) e qual o principal transmissor da doença?
Dr. Victor Márcio Ribeiro:
A LVC é uma doença transmitida pelo flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, um pequeno inseto alado conhecido popularmente como Mosquito Palha, Cangalhinha ou Birigui, que quando infectado com o protozoário Leishmania infantum, o dissemina para diversos hospedeiros. O cachorro é considerado o principal hospedeiro em ambientes urbanos, entretanto, animais silvestres, gatos e até mesmo o homem podem ser infectados. Segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde, na última década foram registrados mais de 34 mil casos humanos no país, sendo observados o aumento da taxa de letalidade e a disseminação para novas áreas, incluindo as urbanas, tornando a doença um grave problema de saúde pública no Brasil.

2. Quais são os principais sintomas observados nos animais afetados pela LVC?
Dr. Victor Márcio Ribeiro:
É importante salientar que cerca de 60% dos animais infectados não apresentam sintomas. Nos sintomáticos podem ser observadas desde lesões na pele, como descamação e feridas na região do focinho, cotovelo, orelhas e cauda, até sintomas sistêmicos, como apatia, perda de peso, crescimento anormal das unhas, alterações oculares (conjuntivites, inflamações da córnea e pálpebras), artrites, diarreias, vômitos e sangramento intestinal. Nos casos mais graves, pode ocorrer o comprometimento de rins, baço e fígado. Em qualquer dessas situações, a consulta com um especialista médico veterinário se torna essencial.

3. Como a LVC é diagnosticada?
Dr. Victor Márcio Ribeiro:
Muitos animais podem estar infectados e não manifestar sintomas. Isso ocorre quando o animal é resistente ao protozoário ou quando a doença está em período de incubação. O diagnóstico só pode ser confirmado por meio de exames laboratoriais, que são solicitados pelo médico veterinário especializado. Somente o médico veterinário esta apto a avaliar o estado de saúde do animal e a interpretar os exames realizados. 



4. Meu animal foi diagnosticado com a LVC. E agora?
Dr. Victor Márcio Ribeiro:
Para evitar a disseminação dos focos da doença no país e a consequente contaminação dos animais, é importante que os proprietários mantenham atitudes preventivas. Uma delas é a utilização de inseticidas específicos no ambiente ou diretamente nos cães. Entre os inseticidas centrados nos cães, podemos citar o Advantage® Max3, da Saúde Animal da Bayer HealthCare. Esse produto, à base de permetrina, repele o inseto e protege o cão da picada, evitando assim que ele seja infectado. Esse e outros produtos disponíveis no mercado, além da repelência ao inseto transmissor da Leishmania infantum, o que impede as suas picadas, também podem possuir eficácia contra pulgas e carrapatos.

Outras ações preventivas podem minimizar os riscos de transmissão, como por exemplo, evitar passear com o animal ao amanhecer, final da tarde ou durante a noite, períodos em que há maior atividade do inseto transmissor; colocar telas protetoras especiais contra flebotomíneos (seus orifícios são a metade do tamanho usados na proteção contra os mosquitos) em portas e janelas e, nos quintais, retirar matéria orgânica, como raízes, frutas e folhas de plantas no solo, a fim de eliminar criadouros desses insetos. Todas essas ações preventivas minimizam os riscos de contágio do animal, especialmente nas cidades com grande número de casos registrados. No Brasil, também há vacinas que auxiliam na proteção dos cães.

E lembre-se, sempre procure um médico veterinário antes de qualquer decisão sobre a doença. Somente este profissional compreende o quanto o animal é precioso e importante em sua vida.

5. Existem formas de prevenir a contaminação do animal?
Dr. Victor Márcio Ribeiro:
Para evitar a disseminação dos focos da doença no país e a consequente contaminação dos animais, é importante que os proprietários mantenham atitudes preventivas. Uma delas é a utilização de inseticidas específicos no ambiente ou diretamente nos cães. Entre os inseticidas centrados nos cães, podemos citar o Advantage® Max3, da Saúde Animal da Bayer HealthCare. Esse produto, à base de permetrina, repele o inseto e protege o cão da picada, evitando assim que ele seja infectado. Esse e outros produtos disponíveis no mercado, além da repelência ao inseto transmissor da Leishmania infantum, o que impede as suas picadas, também podem possuir eficácia contra pulgas e carrapatos.

Outras ações preventivas podem minimizar os riscos de transmissão, como por exemplo, evitar passear com o animal ao amanhecer, final da tarde ou durante a noite, períodos em que há maior atividade do inseto transmissor; colocar telas protetoras especiais contra flebotomíneos (seus orifícios são a metade do tamanho usados na proteção contra os mosquitos) em portas e janelas e, nos quintais, retirar matéria orgânica, como raízes, frutas e folhas de plantas no solo, a fim de eliminar criadouros desses insetos. Todas essas ações preventivas minimizam os riscos de contágio do animal, especialmente nas cidades com grande número de casos registrados.

Sobre Advantage® Max3
A Saúde Animal da Bayer HealthCare disponibiliza no mercado o produto Advantage® Max3, que possui ação repelente contra inseto transmissor da leishmaniose impedindo as picadas, sendo ainda altamente eficaz contra pulgas e carrapatos. A ação do produto dura até quatro semanas, sendo importante uma nova aplicação da pipeta após este período para garantir a sua eficácia. Em regiões endêmicas de leishmaniose é recomendado reaplicar o produto a cada três semanas.


Sobre a Saúde Animal, da Bayer HealthCare
Proteger os animais e beneficiar as pessoas. É com esta missão que a Bayer pesquisa e desenvolve desde 1919 produtos farmacêuticos e de higiene para uso veterinário tanto para animais de companhia, quanto para animais de produção. Atualmente, aproximadamente 100 diferentes produtos são comercializados ao redor do mundo. No Brasil, a área de Saúde Animal atua em duas unidades de negócios: Animais de Companhia (cães e gatos) e Animais de Produção (Aves; Suínos e Aquacultura e Bovinos).
No segmento de Animais de Companhia, a Bayer oferece soluções eficazes e práticas para a saúde e bem-estar dos pets. Os destaques são a linha Drontal®, com a qual a Bayer HealthCare conquistou a liderança no segmento de vermífugos, o antiparasitário Advantage® Max 3 que trata a infestação, previne doenças e protege a saúde dos cães, o Advocate®com tratamento e proteção polivalente, e o vermífugo tópico para gatos Profender® SpotOn®, que combate os vermes adultos e larvas e garante uma aplicação sem estresse.











terça-feira, 24 de julho de 2012

Leishmaniose: fim da eutanásia!, por Geraldo Rezende


A população de Mato Grosso do Sul e mais especificamente, a de Campo Grande, ficou chocada com o episódio em que um morador da capital arrastou seu cão por cerca de cinco quilômetros, amarrado em uma moto, até o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), por suspeitar de que o mesmo estaria com leishmaniose. Lá, o animal chegou com as patas ensanguentadas, e mal conseguia ficar em pé.
Mesmo que o objetivo do tutor do animal foi o de adotar medidas de combate à leishmaniose, nada justifica a crueldade contra o cão. Acontece que imaginário popular, o sacrifício dos animais é a única ou a forma mais eficaz de se fazer isso. Esse episódio torna ainda mais urgente a necessidade de se fazer uma campanha de esclarecimento em âmbito nacional, a fim de que as pessoas saibam que os cães podem ser tratados e curados da doença. É com o objetivo de corrigir distorções como essa que propus o Projeto de Lei 1738/2011, o qual tramita na Comissão de Seguridade Social e Família e prevê o fim da obrigatoriedade de sacrifício de animais infectados pela leishmaniose em todo o país e defende que o sistema de saúde pública implante uma política nacional de vacinação e tratamento de animais.
O triste episódio de Campo Grande comprova que é fundamental promovermos um debate sobre uma doença que está em doze países da América, com 90% dos casos registrados no Brasil. É importante lembrar ainda que a prática do sacrifício indiscriminado é inaceitável na Europa. Aliás, em diversos países existem estudos científicos e mobilização de médicos veterinários e criadores de cães contra esta ação.
Na verdade, o sacrifício de cães é mais maléfico que benéfico, já que por motivações afetivas ou econômicas, muitos proprietários se recusam a entregar seus animais e os escondem, colocando a população em risco, muito embora exista tratamento. Há diversos protocolos de trabalhos científicos exitosos nesta área. Além disso, é mais racional tratar do que exterminar cachorros e gatos e é por isso que defendo a vacinação bem como o tratamento dos animais infectados.
Vale lembrar que o Ministério da Agricultura já tem registrada uma vacina contra a doença, porém o Ministério da Saúde informou, em fevereiro deste ano, que não foi consultado sobre a medida e que o registro da vacina pode ser cancelado caso sua segurança não seja confirmada. Por isso, o relator do Projeto de Lei 1738/2011, meu colega de bancada Luiz Henrique Mandetta considera esta informação primordial na conclusão de seu parecer ao projeto. Ele pretende, inclusive, chamar o Ministério da Agricultura para que entregue o protocolo da vacina apresentado pelos fabricantes, para, a partir daí, fazer seu relatório, após a tramitação nas demais comissões da Câmara dos Deputados. Essa é a nossa expectativa, para que o nosso PL possa ser votado e aprovado nos próximos meses.
Médico e deputado federal (PMDB-MS)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Prefeito volta atrás na decisão de salvar a vida de Scooby, e após ser arrastado em uma moto ele poderá ser morto por ter leishmaniose

Veterinária mostra patas feridas do cão arrastado.
(Foto: Fernando da Mata / G1 MS)
Durante essa semana uma história, que aconteceu em Campo grande -MS, comoveu os brasileiros. Um cão foi arrastado numa moto, pelos próprios tutores, a abandonado no CCZ da cidade, com muitos ferimentos. Os homens o amarraram em uma motocicleta e o arrastaram por cerca de quatro quilômetros


Levados à delegacia os dois homens assinaram um termo de compromisso na delegacia de polícia e foram indiciados por maus-tratos, além de serem multados em R$ 6 mil pela Polícia Militar Ambiental (PMA) por crime ambiental.


Alegaram ter levado o animal ao CCZ depois de ser descoberto que ele era portador de leishmaniose. 


No Brasil um decreto federal do senado, nº 51.838 de 14 de março de 1963, condena todos os animais com Leishmaniose Visceral Canina a serem eutanasiados, e como se não bastasse, uma portaria interministerial, nº 1.426 de 11 de julho de 2008, proíbe o tratamento de cães com a doença com produtos de uso humano ou não registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 


Portanto, de acordo com a legislação brasileira, único país em todo o mundo que mata animais com leishmaniose (todos os outros tratam), o destino do Scooby, depois de tanto sofrimento, estava selado.


É importante esclarecer que em sua recente revisão sistemática a Organização Mundial de Saúde NÃO recomenda a eutanásia como forma de controle da doença, e sugere que o combate ao vetor e a vacinação de animais seriam mais eficazes. Veja aqui


No dia 11 de Julho de 2012, o Abrigo dos Bichos protocolou uma petição no CCZ de Campo Grande com mais de oito mil assinaturas pedindo que a vida de Scooby seja salva. A entidade também pediu a guarda de Scooby. Veja a petição e assine, clique aqui


Pressionado pelo apelo popular o prefeito Nelson Trad Filho declarou em seu facebook, no dia 12 de Julho de 2012, às 14h46m que cumpriria o que determina o Decreto 51.838. Veja aqui


No mesmo dia, às 16h46m, declarou que após reunião com o corpo técnico da prefeitura, foi deliberado que não seria mais realizado o sacrifício do Scooby, e que o animal seria tratado e encaminhado para adoção. Veja aqui.


No dia 13 de Julho, a presidente do Abrigo dos Bichos Maria Lúcia Metello, emitiu uma nota de agradecimento ao prefeito parabenizando-o pela sensibilidade e compaixão. Veja aqui 


Porém para nossa surpresa, infelizmente, o prefeito de Campo Grande Nelson Trad Filho declinou de sua intenção de preservar a vida de Scooby afirmando que pode ter que seguir o protocolo do Ministério da Saúde... eutanásia. Veja aqui.


Não é possível que o Brasil dê continuidade, indo contra o que preconiza a Organização Mundial de Saúde inclusive, a exterminar a vida de cães como forma de controle da doença. À exemplo da Dengue, que é transmitida por um mosquito, o combate deve ser focado no vetor, não na eliminação de cães.


"O cão é o portador mais bem estudado e por isso é considerado o principal reservatório doméstico, servindo como fonte de infecção para o inseto vetor. Porém outros animais como gatos, raposas, gambás, roedores, também são reservatórios da doença." Prof. Dr. André Luis Soares da Fonseca

Mesmo assim... MATAM O CÃO.



ASSINE A PETIÇÃO PARA SALVAR O SCOOBY


Sugestão de leitura: